Introdução
A Igreja Católica, no século XVI, vivia uma situação que era muito difícil. Ela havia perdido espaço na Alemanha, Inglaterra e nos países escandinavos e estava em recuo na também na França, nos Países Baixos, na Áustria e na Hungria. Isto tudo devido ao avanço do protestantismo começado por Lutero e que tomou grandes proporções em toda Europa.
Diante dessa situação, a Igreja Católica estabeleceu a Contra-Reforma, desenvolvendo um conjunto de medidas abrangendo duas correntes de ações: atuar contra as novas religiões protestantes e promover novas formas de expansão da fé católica.
A Contra-Reforma
A Contra-Reforma, ou Reforma católica, foi uma resposta da Igreja Católica em meio a essa crescente onda do protestantismo. De maneira geral, essa resposta consistiu em um conjunto de ações desenvolvidas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes.
Diante dos movimentos protestantes, a primeira reação da Igreja católica foi punir os rebeldes, na esperança de que as idéias reformistas não se espalhassem mais e a Igreja Católica recuperasse a unidade perdida. Assim, em meados do século XVI, ela reativou os tribunais da Inquisição, que haviam criado no ano de 1231, e que, com o tempo, haviam sido extintos em vários países.
Os Tribunais da Inquisição foram instaurados pelo Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica criada na Contra-Reforma que tinha como objetivo combater os desvios dos fiéis católicos e o crescimento de outras denominações religiosas. Essa tática, entretanto, não obteve bons resultados, pois não resolvia o principal motivador da reforma protestante: a corrupção do alto clero com a venda de objetos sagrados, relíquias e indulgências.
Neste sentido, a Igreja, para organizar-se internamente e definir com clareza sua doutrina, organizou o Concílio de Trento (1545-1563). Segundo Pe. José Besen (2004), este Concílio teve uma história demorada, com muitos conflitos de interesses, a constante oposição de príncipes protestantes e desacordos entre o papa e o imperador Carlos V. Contudo, os 18 anos de duração do Concílio ofereceram à Igreja verdadeiros instrumentos de renovação e reforma, dando-lhe uma nova forma, dentre os quais pode-se citar:
– A organização e a disciplina do clero: os padres deveriam estudar e formar-se em seminários;
– Cada diocese devia ter seu Seminário e selecionar melhor seus candidatos ao sacerdócio;
– Não podiam ser padres antes dos 25 anos, nem bispos antes dos 30 anos;
– Estabeleceu-se que as crenças católicas poderiam ter dupla origem: as Sagradas Escrituras (Bíblia) ou as tradições transmitidas pela Igreja;
– Reafirmou-se a sacramentalidade e indissolubilidade do matrimônio, as indulgências, o culto aos santos, às relíquias e imagens;
– Apenas o Magistério da Igreja estava autorizado a interpretar a Bíblia. Mantinham-se os princípios de valia das obras, o culto à Virgem Maria e às imagens; e
– Reafirmação da infalibilidade do papa e o dogma da transubstanciação.
Após o Concilio de Trento, a Igreja Católica teve um vigoroso impulso à vida religiosa. Fugindo da tentação do luxo e das artes, definiu-se como missão essencial da Igreja e de seus pastores a salvação das almas: “seja lei suprema a salvação das almas” (Pe. José Besen, 2004).
Para difundir a fé Católica, a partir da Contra-Reforma, surgiram novas ordens religiosas, como a Companhia de Jesus (os Jesuítas), fundada por Ignácio de Loyola em 1534. Os Jesuítas se organizaram em moldes quase militares e fortaleceram a posição da Igreja dentro dos países europeus que permaneceram católicos e desenvolveram ações para barrar o avanço do protestantismo pelo mundo. Eles criavam escolas, onde foram educados filhos das famílias nobres; foram confessores e educadores de várias famílias reais; fundaram colégios e missões para difundir a doutrina católica nas Américas e na Ásia.
Conclusões
A contra-reforma não atingiu o seu principal objetivo que era a unidade do cristianismo e embora tenha utilizado diversos meios para chegar a essa unidade, uns que deram certo e outros que não, não impediu o crescimento do protestantismo. Mas, com a contra-reforma, a Igreja Católica tomou novos rumos e reafirmou a sua vocação que é a salvação de almas.
A Igreja por meio do Concílio de Trento conseguiu, apesar da lentidão em alguns países, moralizar o clero, se libertar do luxo e dos privilégios que este havia obtido com o passar dos anos. Apesar dessas mudanças na igreja, ainda ficam, até os dias de hoje, as marcas das ações que não deram certo, como a repressão e o derramamento de sangue, frutos das diversas guerras entre católicos e protestantes, que fazem com muitas vozes se levantem contra a Igreja Católica questionando sua doutrina e suas ações nos dias atuais.
Bibliografia
BESEN, Pe. José Artulino. A Reforma da Igreja: O Concílio de Trento. Jornal Missão Jovem. pag. 9 – n.º 191 – mês de Julho – Ano 2004.
BETTENCOURT, Estevão Tavares. Crenças, religiões, igrejas e seitas: quem são? Santo André-SP: Editora o Mensageiro de Santo Antônio, 1999.
FREI BATTISTINI. A Igreja do Deus Vivo: curso bíblico popular sobre a verdadeira Igreja. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2001.
MOURA, Jaime Francisco de. As diferenças entre a Igreja Católica e Igrejas evangélicas. São José dos Campos-SP: Editora ComDeus, 2005.
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