O Revmo. Sr. Cônego Pedro Lopes da Silva partiu desta vida a 3 de janeiro de 2009. Seu velório aconteceu inicialmente na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Porto Firme e depois no Santuário de Santa Rita de Cássia e uma multidão participou de seu sepultamento, no Cemitério Dom Viçoso, no jazigo nº 39, após encomendação final do corpo presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, concelebrada por membros do Cabido Metropolitano, sacerdotes e diáconos.
Filho de uma das mais tradicionais famílias de Viçosa, onde nasceu a 28 de junho de 1927, e figurando entre os primeiros padres ordenados no Santuário de Santa Rita a 12 de dezembro de 1953, juntamente com outros quatro padres (Antônio Grisoli Rubim, Wandick Elias Gomes, José de Oliveira Valente e Frei Thiago), o Cônego Pedro completara no dia 12 último, 55 anos de sacerdócio. Era filho dos saudosos viçosenses Manoel Lopes da Silva e Francisca Paulina da Silva (Dona Quita) e irmão de Teresinha, Rita, Geraldo (Ladito), Sebastião (Zizinho), Joaquina (Dinhá), Manoelita, Maria (Lili) e Antônia (Nininha), e sobrinho do Cônego Francisco Lopes da Silva Reis (Padre Chiquinho), que o encaminhou e ajudou em sua vida de seminarista em Mariana, como ele costumava sempre divulgar à comunidade católica, o Cônego Pedro foi, em seus primeiros anos de sacerdote, pároco auxiliar de Ponte Nova, depois pároco de Tabuleiro do Pomba (Paróquia do Senhor Bom Jesus da Cana Verde), de Nossa Senhora da Conceição em Senador Firmino, em Rio Doce, como titular da Paróquia de Santo Antônio e em Porto Firme, nesta última cidade pelo período de 33 anos, onde deu total assistência ao asilo dos idosos e ao Hospital São Vicente. Ultimamente ele era um dos sacerdotes cooperadores da Paróquia de Santa Rita, de Viçosa onde celebrava missas, diariamente, em seus diversos templos e periodicamente no Mosteiro de São Bento.
A partida definitiva do Cônego Pedro deste mundo deixou e deixará muitas saudades em todos os que o admiravam por sua simplicidade, alegria e bondade, pois, como se ressaltou, “falava a linguagem dos paroquianos e nunca se esquecia de uma brincadeira para descontrair”. Seu espírito de humildade e fino humor foram suas inconfundíveis características pessoais, que marcaram a vida de quantos conhecerem e conviveram com o Cônego Pedro, e que fizeram dele uma pessoa benquista em todos os lugares por onde passou. Foi o seu sacerdócio, em primeiro lugar, o que o fez alvo de tantas homenagens. E não menor foi a amizada que todos lhe devotaram porque se o sacerdócio é obra exclusiva de Deus, o carinho e a consideração a ele dedicadas foram merecidas, especialmente por conta de seu espírito firme e forte. Pela sua abertura de alma. Por seus ideais.
Foi Dom Luciano Mendes de Almeida quem o classificou como “o Anjo da Guarda do clero marianense”.