Neste mês de março, em especial, olhamos para a figura silenciosa e justa de José para nele contemplar o modelo de fidelidade. Deus quis contar com o seu SIM para concretizar o Projeto de Salvação em benefício de toda a humanidade.
Na Exortação Apostólica “Redemptoris Custos” sobre “A Figura e a Missão de São José”, João Paulo II, de saudosa memória, iniciou sua mensagem assegurando: “Chamado a proteger o Redentor, ‘José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa’ (Mt 1,24)”.
“Inspirando-se no Evangelho, os Padres da Igreja, desde os primeiros séculos, puseram em relevo que São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo”. (RC, 1).
Homenagear os santos é cumprir o que nos pede a Bíblia, conforme o Livro do Eclesiástico, capítulo 44, versículos do primeiro ao quinze: “Elogiemos os homens ilustres, nossos antepassados, em sua ordem de sucessão. (…)”. O Magistério da Igreja nos recorda a vida exemplar de seu universal padroeiro: “A expressão deste amor na vida da Família de Nazaré é o trabalho. O texto evangélico especifica o tipo de trabalho, mediante o qual José procurava garantir a sustentação da Família: o trabalho de carpinteiro. Esta simples palavra envolve toda a extensão da vida de José. Para Jesus este período abrange os anos de vida oculta, de que fala o Evangelista, a seguir ao episódio que sucedeu no templo: ‘Depois, desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso’ (Lc 2,51). Esta ‘submissão’, ou seja, a obediência de Jesus na casa de Nazaré é entendida também como participação no trabalho de José. Aquele que era designado como ‘filho do carpinteiro’, tinha aprendido o ofício de seu pai legal. Se a Família de Nazaré, na ordem da salvação, e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é-o analogamente também o trabalho de Jesus ao lado de José carpinteiro. Na nossa época, a Igreja pôs em realce isto mesmo, também com a memória litúrgica de São José Operário, fixada no primeiro de maio”. (Idem, nº 22).
Desejando confiar a Igreja à especial proteção do Santo Patriarca José, o Papa Pio IX declara-o “Patrono da Igreja Católica”, através do Decreto Quemadmodum Deus, de 8 de dezembro de 1870.
Mais tarde, a 15 de agosto de 1889, o Papa Leão XIII expõe os motivos de tal confiança: “As razões pelas quais o Bem-Aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do fato de ele ser esposo de Maria e pai legal de Jesus. (…) José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-Aventurado José, portanto que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo”. (Cf. Leão XIII, Carta Encíclica Quamquam Pluries, página 177-179).
Que São José se torne para todos um MESTRE SINGULAR NO SERVIÇO DA MISSÃO SALVÍFICA DE CRISTO, que, na Igreja, compete a cada um e a todos!