Em todo o mundo muitos anglicanos estão pedindo à Igreja Católica para nela ingressarem; muitos deles estão insatisfeitos com a aceitação da aprovação da ordenação de mulheres e a aceitação de um bispo homossexual, entre outras coisas.
A Igreja Anglicana, também chamada de Episcopal nos EUA, foi separada da Igreja Católica em 1534 pelo rei Henrique VIII, que era católico, mas que ficou ofendido porque o Papa não aceitou a nulidade do seu casamento com Catarina de Aragão para poder se casar com Ana Bolena.
A Santa Sé publicou uma nota informativa da Congregação para a Doutrina da Fé sobre os decretos pessoais para os anglicanos que desejam entrar em comunhão com a Igreja Católica.
Está em preparação uma Constituição Apostólica, em que a Igreja vai responder às muitas questões que foram apresentadas à Santa Sé por grupos do clero anglicano e fiéis de diversas partes do mundo que desejam se integrar à Igreja Católica.
Nesta Constituição Apostólica, o Papa Bento XVI introduz uma estrutura canônica que fornece para tal união o “Ordinário Pessoal”, que permitirá aos anglicanos entrar em comunhão plena com a Igreja católica, conservando elementos do patrimônio litúrgico e espiritual da Igreja Anglicana, que estão de acordo com a fé católica.
Em Londres, o primaz da Igreja Católica na Inglaterra e Gales, Arcebispo Vincent Gerard Nicholso, e o primaz da Comunhão Anglicana e Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, participaram de uma coletiva de imprensa sobre a nova estrutura da Igreja para os anglicanos.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Levada, ressalta o interesse da Congregação em responder aos pedidos dos anglicanos em diferentes partes do mundo: “Temos tentado encontrar as solicitações para a comunhão plena que veio até nós de anglicanos de diferentes partes do mundo. Com esta proposta, a Igreja quer responder às aspirações legítimas destes grupos anglicanos para a unidade plena e visível com o Bispo de Roma, sucessor de Pedro”.
“A iniciativa veio de um número de grupos diferentes de anglicanos. Declararam que compartilham a fé católica como é expressada no Catecismo da Igreja Católica e aceitam o ministério de Pedro como um legado de Cristo para a Igreja. Para eles, o tempo veio expressar esta unidade implícita na forma visível de comunhão plena”, declarou Cardeal Levada, Prefeito da Congregação da Fé do Vaticano.
“Na medida em que estas tradições expressam numa maneira distinta a fé que é assegurada em comum, elas são um presente a ser compartilhado por toda Igreja. A unidade da Igreja não exige uma uniformidade que ignora a diversidade cultural”.
“Há um Senhor, uma fé, um batismo’”. “Nossa comunhão, portanto, é fortalecida por tal diversidade legítima. Assim, estamos felizes por estes homens e mulheres trazerem suas contribuições particulares à nossa vida comum de fé”, conclui D. Levada.
É uma grande alegria e uma grande graça saber que muitos Anglicanos querem vir para a Igreja católica; é a vitória do ecumenismo tão fomentado pelos últimos Papas, buscando a união de todos os cristãos como quer Jesus Cristo: “Haverá um só Rebanho e um só Pastor”.
Acho que a saída dessa vertente do Anglicanismo representa uma inevitável situação. A Inclusividade e o Evangelho contextualizado assombra os fundamentalistas em qualquer rebanho Cristão. Mas é interessante notar que serão 400.000 anglicanos desertores diante dos 77 milhões que ainda persistem nos direitos dos seres humanos de serem compreendidos em sua realidade.