Atos dos Apóstolos faz parte das escrituras do evangelista Lucas, um texto direcionado à todos nós Cristãos, Teófilo ( Teo- Deus, Filo- Amigo), amigos de Deus e descreve toda ação realizada pelo Espírito Santo através dos apóstolos de Jesus Cristo.
A vinda do Espírito Santo foi o fato que divide os dois primeiros capítulos e promove toda a diferença da Comunidade Cristã, após a morte e ressurreição de Jesus.
O Capitulo 1 mostra a presença de Jesus ressuscitado entre os discípulos durante quarenta dias, nesse tempo Ele se manifestou Vivo, com muitas provas e falava coisas do Reino de Deus, assim diz o Evangelista. Jesus vinha trazer com suas aparições a promessa de Deus: o Batismos do Espírito Santo sobre os seus fiéis, fazendo deles “testemunhas do Pai” os quais levarão a Palavra de Cristo até os confins da terra.
“Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, Maria, mãe de Jesus, e os irmãos Dele” (Ato 1,14). O capítulo 1 mostra ainda essa reestruturação do apostolado, com a substituição de Judas, revelando a confiança dos apóstolos na oração a Deus, pois confiantemente acreditaram nos ouvidos atentos de Deus sobre suas orações e elegeram Matias, o novo apóstolo. É um chamado para nós em acreditar no que pedimos a Deus, não duvidar da eficácia da oração, porque Deus se faz atento em ouvir-nos, Ele gosta tanto que conversamos com Ele.
O Segundo Capitulo começa com a Vinda Do espírito Santo sobre os discípulos, esse momento com certeza estava nos planos de Deus com data e hora marcada porque aconteceu em uma data comemorativa, nos dias em que Jerusalém se encontrava cheia de judeus de diferentes lugares, porque iam prestar culto de Pentecostes no Templo de Jerusalém, a comemoração de 7 semanas depois da Páscoa.
Nesse dia ocorreu o Batismo do Espírito Santo sobre os Cristãos e chamou toda atenção de Jerusalém para o lugar onde estavam. O Espírito veio do céu emitindo um ruído como um vento impetuoso que inundou toda a casa onde os discípulos, se encontravam, apareceram-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e repousaram em cada um deles. Imediatamente todas aquelas pessoas de diferentes regiões, foram atraídas pelos ruídos e ouviam pregações em suas próprias línguas, assim ficaram maravilhados com o que estava acontecendo e ao mesmo tempo assustados com o fato das variabilidades de línguas entendidas naquele local.
Quando o Espírito Santo batizou os discípulos de Jesus, Ele realizou o principal objetivo do Pai, fazer com que os seus se tornassem ainda mais íntimos do seu Amor, o conhecer com mais profundidade, abrir os olhos para entender a vinda e propósitos de Cristo e dar coragem para se declarar filhos do céu e assim pregar sem medo o Evangelho da salvação. A oração dos discípulos foi mais uma ação que Deus valeu-se para chamar a atenção do povo para aquele momento em que os discípulos viviam, e assim, com os olhos fixos naquele fato ouvirem a forte pregação de Pedro que declarava sem medo “Que toda casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza que este Jesus, que vós crucificastes Deus o constituiu Senhor e Rei.”Ato 2,36. Começou-se então a edificação da Igreja com a pedra angular, que é Jesus Cristo.
A vinda do Espírito Santo e a pregação inspirada de Pedro chamaram a atenção dos Judeus para algo divino que estava acontecendo em Jerusalém, era a presença de Jesus que se mantinha mesmo depois de crucificado pelo povo. Perguntavam aos discípulos o que fazer então depois de tudo já consumado e Pedro os respondia “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” Ato 2,38. Dessa forma a assembléia dos discípulos, que era de 120 pessoas como está em Atos 1,15, elevou-se a mais ou menos 3000 em número de adeptos.
A vida dos discípulos após a vinda do Paráclito prometido por Deus tornou-se diferente, a perseguição aos cristãos ainda existia, mas aqueles que permaneciam quietos agora gritavam ao mundo o quanto o Senhor é bom e viam os milagres de Jesus acontecerem através de suas mãos, viviam “unidos de coração, freqüentavam todos os dias o Templo” Ato2, 46 e “o Senhor a cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação” Ato2, 47.
“Renova os teus milagres nestes nossos dias, como em um novo Pentecostes.” Papa João XXIII