Os capítulos 21 e 22 dos Atos dos Apóstolos narram o fim da terceira viagem de Paulo; chegada; e prisão em Jerusalém.
Por duas vezes, em Tiro e em Cesaréia, algumas pessoas sabendo da sorte que esperava Paulo em Jerusalém, tentam impedi-lo de seguir viagem. Ele, porém, se mantém firme e diz estar preparado não só para ser preso, mas também pra morrer pelo nome de Jesus se fosse preciso. Essa postura de Paulo nos leva a questionar a nossa própria postura. Em que situações nós somos firmes em nossa postura de cristãos? E em que situações nós escolhemos caminhos mais fáceis, porém contrários a nossa fé, só pra fugir de algum sofrimento?
Em Jerusalém, Tiago se mostra preocupado com Paulo por que alguns judeus interpretam que ele esteja pregando contra a lei de Moisés, uma vez que diz que somente a fé em Cristo basta à salvação, não sendo necessária a observância de todas as leis. Será que nós compreendemos verdadeiramente que a salvação depende da fé, de uma conversão interior, do coração, e não apenas da simples observância das leis?
Estando Paulo no templo, é avistado por alguns judeus que o acusam de haver profanado o templo. Esses homens expulsam Paulo dali e o espancam querendo matá-lo. Paulo então é preso. Estando para entrar na fortaleza ele pede que o deixem dizer algumas palavras. Paulo se dirige aos judeus narrando sua história, seu processo de conversão, e a ordem de Deus pra que ele fosse pregar o Evangelho às nações pagãs. Os judeus neste momento se revoltam e alvoroçados gritam que o matem. O chefe da guarda manda que o recolham para que seja açoitado e interrogado. Paulo questiona se era permitido açoitar um cidadão romano que nem sequer havia sido julgado. O chefe da guarda se assusta ao perceber que havia acorrentado um cidadão romano. Em meio aos judeus, Paulo fala em hebraico e usa argumentos de judeus, mostrando ter sido criado em Jerusalém e ter sido um fiel observador da lei. Em meio aos romanos, Paulo fala em grego, se mostra cidadão romano e se defende criticando a força repressora do Estado. Em nossa vida de missionários precisamos nos aproximar daqueles que nos ouvem “falando a mesma língua” pra que os ensinamentos de Jesus cheguem a seus corações com mais facilidade. É preciso fazer o nosso máximo e dar o nosso melhor, mas não desanimar diante das oposições que encontraremos pelo caminho.
São Paulo, rogai por nós!