Essa semana, estamos escrevendo sobre os capítulos 23 e 24 do Livro de Atos dos Apóstolos.
O Tribuno Lisías querendo saber melhor de que os judeus acusavam Paulo, soltou-o e ordenou que se reunissem os sumos sacerdotes e todo o Grande Conselho. Trouxe Paulo e o mandou comparecer diante deles. Paulo começou sua defesa perante os membros do conselho. Mas Ananias, sumo sacerdote, mandou que lhe batessem na boca. Paulo diz que Deus também o ferirá, pois foi contra a lei que mandou que o ferissem, mas ao saber que se tratava do sumo sacerdote, arrepende-se “Pois está escrito: Não falarás mal do príncipe do teu povo (Ex 22,28).” Sabendo que parte do Sinédrio era de saduceus e parte era de fariseus declara-lhes que é fariseu, filho de fariseus. Defendendo que seria por sua crença na ressurreição dos mortos que estava sendo julgado (que era também uma das esperanças dos fariseus). Assim, após fervorosa discussão entre os fariseus e os saduceus, alguns escribas dos fariseus afirmaram não achar mal algum nos atos de Paulo, supondo que pudesse ter sido um espírito ou um anjo a lhe falar.
Como a discussão ficara violenta o tribuno temendo que Paulo ferido por eles e mandou que os soldados o levassem para a cidadela.
Na noite seguinte, Deus aparece a Paulo e lhe diz que tenha coragem, pois além do testemunho que foi dado em Jerusalém, também era necessário que testemunhasse em Roma. Pela manhã mais de quarenta judeus foram diante do sumo sacerdote e dos cidadãos e juraram não comer nem beber nada enquanto não matassem Paulo. Caberia então ao sumo sacerdote ir ao conselho requerer ao tribuno que conduzisse Paulo à presença do Grande Conselho, para que investigasse melhor a causa. E os judeus amotinados matá-lo-iam durante o trajeto. Mas um filho da irmã de Paulo sabendo da cilada, contou o que acontecia a Paulo, que pediu aos centuriões que levassem o sobrinho ao tribuno. Este, após saber do acorrido, ordenou que o menino não dissesse a ninguém que o havia avisado e mandou dois centuriões prepararem duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros para irem a Cesaréia, à noite, levar Paulo ao governador Félix. Ele escreve uma carta contando os fatos desde que Paulo foi preso pelos judeus até quando teve notícia das ciladas preparadas para ele, e dizendo que além de enviar Paulo, também intimou que os acusadores dele recorressem ao governador Félix.
O governador mandou que Paulo fosse guardado no pretório de Herodes, prometendo ouvi-lo quando chegassem os acusadores. Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias com alguns anciãos e Tertulo, advogado compareceram diante do governador para acusar Paulo. O advogado acusou Paulo de fomentar discórdia entre os judeus no mundo inteiro, de ser um dos líderes da seita dos nazarenos e de tentar profanar o templo. Disse ao governador que haviam prendido Paulo, querendo julgá-lo segundo as leis judaicas, mas que o tribuno Lísias o havia impedido e ordenou-lhes que comparecessem diante de Félix para acusá-lo. Os judeus confirmaram o que havia dito o Tertulo. Após um sinal do governador Paulo defendeu-se dizendo que foi a Jerusalém para fazer suas devoções, e não o acharam disputando com alguém, nem amotinando o povo e que não poderiam provar as coisas de que o acusavam. Mas que ele servia a Deus e cria em todas as coisas que estão escritas na lei e nos profetas. E que acreditava assim como eles que havia a ressurreição dos justos e dos pecadores. Procurando seguir com retidão o caminho de Deus e manter sua consciência sem mácula diante de d”Ele e dos homens. Assim, depois de muitos anos de ausência, foi levar à nação dele esmolas e oferendas (rituais). E acharam-no no templo, sem aglomeração e sem tumulto, depois de uma purificação. Pede que digam que crime acharam nele quando compareceu diante do Grande Conselho, a não ser o de crer na ressurreição dos mortos, sendo por isso julgado.
Félix, que conhecia bem a religião cristã adiou a questão e disse que quando o tribuno Lísias chegasse examinaria melhor a questão. Ordenou ao centurião que guardasse e tratasse Paulo com brandura, sem proibir que o servissem. Passados alguns dias Félix e sua mulher Drusila chamaram Paulo e ouvia-o falar da fé em Jesus Cristo. Mas como Paulo falava sobre justiça, castidade e do juízo futuro, Félix despediu-o prometendo chamá-lo assim que possível, em parte por temor do conhecimento da fé cristã, que não permite que uma pessoa se case duas vezes e Drusila, sua mulher, tinha se casado primeiro com o rei de Emessa, para depois se juntar com Félix, sendo portanto divorciada. O tribuno chamava Paulo com freqüência, tendo a intenção (frustrada) de receber dinheiro por isso.
Depois de dois anos, Félix foi sucedido por Pórcio Festo. Porém, para agradar aos judeus, deixou Paulo na prisão.