Oi gente! Mais um mês se encerra e com isso temos aqui nossa conversa mensal como uma proposta para possíveis reflexões, na esperança do crescimento comum. Hoje gostaria de tratar do nosso desejo, enquanto servos e coordenadores de serviços na RCC de Viçosa, de vermos a manifestação poderosa da mão de Deus em nosso meio e do quanto nos implicamos nisso.
Um dia escutei uma frase de um sacerdote que muito me marcou e, desde então, me lembro dela. A frase dizia: “A unção tem um preço”. Vamos pensar sobre isso?
Embora saibamos que Deus é Onipotente e que, portanto, não carece de nós para executar a Sua obra vemos, também, ao longo de toda a história de Salvação da humanidade, do Antigo ao Novo Testamento o quanto Ele se utiliza de homens e mulheres como instrumentos Seus.
Poderia discorrer, aqui, sobre inúmeras passagens que nos demonstrariam isso, porém, considerando os limites deste artigo detenho-me no primeiro milagre público de Jesus, que se deu em comunidade e em ambiente de festa. Isso mesmo! Refiro-me ao milagre da transformação da água em vinho, nas bodas de Caná, narrado pelo Evangelista João (Jo 2). Enquanto a festa acontecia, os convidados se alegravam junto aos noivos, cantavam, dançavam, contavam histórias, bebiam vinho, porém embora não o soubessem, em um dado momento a principal bebida da festa lhes faltou… Sim, acabou o vinho! E agora?
Enquanto refletia sobre essa cena a qual se seguiria grande milagre, parei e pus-me a questionar (e te convido a fazê-lo também) sobre o quanto estava disposta a me envolver no processo que culminou no milagre, arregaçando, literalmente, as mangas e participando como canal para que o milagre acontecesse. Havendo disposição para maior envolvimento e implicação não seríamos apenas espectadores, como muitos convidados da festa, mas instrumentos colaboradores no milagre, assim como o foram a Virgem Maria que se envolveu com a falta de vinho e os serventes que, obedientes encheram as talhas de água.
Chego, assim, ao entendimento de que se queremos oferecer, não apenas um bom vinho, mas o melhor (como servos e coordenadores de equipes de serviço – grupos de oração e ministérios) e participar, efetivamente, do milagre é preciso, também, aceitar encher as talhas. Se desejo o fruto do milagre, isto é, o vinho melhor, importa compreender que antes, preciso me envolver, ou seja, arregaçar as mangas e encher as talhas.
Neste mesmo sentido, pensemos em alguém responsável por um pedaço de terra. Se quiser que ela produza o responsável precisará cuidar dela, retirar possíveis ervas daninhas, plantar sementes, regar etc. Assim como tudo isso lhe custará esforço, também nós, responsáveis por uma missão precisaremos de um trabalho braçal que é anterior à boa colheita. Não existirá colheita saudável se antes não houver suor e esforço de todos, mas que seja, também, e primeiramente o meu suor e o meu esforço.
Pensando no nosso serviço quantas vezes me percebo querendo apenas o vinho novo ou o fruto, ou seja, um ministério fecundo e carregado de unção, mas não me colocando na labuta do dia a dia, participando de formação, lendo, estudando, rezando mais e com mais qualidade, enfim não me coloco preparando a terra ou indo encher as talhas. Ao final do dia lá estou eu querendo ver o milagre na missão, ou no grupo de oração.
Por fim, o que pretendo com essa reflexão é dizer que existe uma parte no milagre que pertence a mim, sendo essa: A luta diária de encher as talhas ou trabalhar a terra. Quando nos envolvemos no processo e nele nos implicamos vemos, em primeira mão, a glória de Deus se manifestando, pois somos aqueles que sabem, de fato, de quem é a mão que transformou a água em vinho e deu fecundidade ao solo.
Forte abraço! Seguimos…
Claudete de Freitas
Coordenadora da RCC Viçosa