Nosso tema deste mês será sobre o amor, mas não um amor intimista que deseja tudo para si, ou como aquele dos poemas e canções. Nossa reflexão será sobre aquele amor que tem a Deus por origem, repleto de coragem, cuidado e responsabilidade e que, além disso, se expressa no dia a dia. E, verdade seja dita, muitas vezes o desafio está é, justamente, nesse modo de amar, não é mesmo?
Recordemos, então, primeiramente, que um dia pessoas nos foram confiadas, sendo elas nossos pais, irmãos, filhos, amigos, cônjuges, servos etc. Fato é que há pessoas ao nosso lado que precisam de nosso amor e cuidado. E sabemos, também, que em algum momento, seremos nós os necessitados desse carinho.
Nesta perspectiva, a Palavra de Deus nos pede: “Suportem-se uns aos outros no amor” (Efe 4, 2). Talvez aqui nos venha à mente aquela pessoa que, aos nossos olhos, nos é mais difícil e pensemos: Nossa, tenho mesmo que “suportá-la”? Já assumindo que o sentido atribuído à palavra “suporte” seja o de “aturar alguém”.
Entretanto, para nossa surpresa e, até, certo, assombro o convite de Deus é para que sejamos suportes uns para os outros, isto é, que nos amparemos nos momentos de dores e dificuldades. Portanto, se há alguém que lhe foi confiado passando por um tempo difícil, seja-lhe um suporte, talvez não, necessariamente, com palavras, mas sempre com orações.
Muitas vezes, sob a justificativa de não querermos ser invasivos, acabamos deixando o outro de lado. Não é surpresa para ninguém que estamos vivendo tempos difíceis, então, que tal um cuidado maior com os nossos? Uma ligação, um recadinho que demonstre uma lembrança carinhosa, ou então, uma prece… isso é fornecer suporte.
Ainda neste contexto, porém, avançando um tanto mais em nossa reflexão, pensemos que ao tentarmos quebrar vários gravetos, ao mesmo tempo, essa tarefa pode ser difícil. Porém, se os separarmos isso, facilmente, se consegue.
Creio que essa mesma lógica possa ser trazida para o que vimos tratando até agora, já que ao nos dispormos a sermos suporte para o outro nos fortalecemos também. Portanto, é este o ensinamento: Cuidemos uns dos outros! Não deixemos ninguém só, nem tampouco, fiquemos sós!
E por falar em não ficarmos sós, lembremos aquela expressão que diz “Caititu fora da manada é papá de onça”. Isso significa dizer que um animal longe dos seus é presa fácil para predadores. Se, por ventura, for você quem estiver precisando de cuidados a dica, também, é clara: Não se afaste!
Portanto, o que nos é pedido é que sejamos auxílio uns para os outros e fiquemos juntos. Não nos afastemos daqueles que o Senhor nos confiou e a quem fomos confiados, pelo contrario, sejamos suportes. Estejamos certos de que se assim o fizermos, com a graça de Deus, venceremos qualquer batalha.
Claudete de Freitas
Coordenadora da RCC Viçosa
Ótima reflexão!