— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo São Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”
Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”.
Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.
Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a respeito.
Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.
Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo.
Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.
Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.
Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.
Estamos hoje exatamente no coração do Evangelho de Marcos. E de novo, aparece a o tema da identidade de Jesus, Cristo, Filho de Deus. Ele tem uma identidade rica e misteriosa, que, desde o início ao fim, o evangelista Marcos quer revelar gradualmente a todos nós. O texto de hoje, no capítulo 8, contém a resposta radiante de Pedro, que se destaca das opiniões correntes entre a gente: as grandes figuras religiosas do passado são superadas, visto que Jesus de Nazaré é o Messias, o Cristo. Na sua simplicidade e brevidade, Marcos condensa a revelação de Jesus nas palavras de Pedro: «Tu és o Messias».
Para Marcos, Jesus entrou numa etapa nova: deixa as multidões da Galileia, quer dedicar mais tempo à formação dos seus discípulos e começa com a revelação da sua dupla identidade de Messias e de Servo sofredor, duas realidades inalcançáveis pela mente humana por si mesma. Pedro com dificuldade consegue colher a verdade de Jesus Messias-Cristo, mas tropeça totalmente na realidade do Messias-Servo que «devia sofrer muito… ser morto e ressuscitar». Pedro arma-se inclusive em mestre de Jesus, repreende-o por aquele tipo de discurso, a ponto de Jesus o censurar duramente, convidando-o a tomar o lugar que lhe compete, atrás de Jesus: o discípulo caminha atrás do Mestre, segue os seus passos. Sobre o tema do sofrimento e da cruz, Pedro é prisioneiro da mentalidade corrente. Pensa «segundo os homens»; só mais tarde, quando vier o Espírito, chegará a pensar «segundo Deus».
«Tu não compreendes segundo Deus, mas segundo os homens»: é a advertência severa de Jesus a Pedro e aos discípulos de então e de todos os tempos. Uma advertência que petrifica qualquer forma de religiosidade acomodada e retórica. Um convite desconcertante a percorrer o caminho estreito da humildade e da austeridade: deixar de pensar apenas em si mesmos, tornar-se responsáveis pelos outros, partilhar a opção de Jesus que aceitou, por amor, a própria morte, para que todos tenham a vida em abundância (Jo 10,10).
Você e eu somos chamados ao discipulado e a missão. Mas isso só será possível se como Pedro reconhecermos e compreendermos a verdadeira identidade de Jesus. Ele nos propõe as “coisas de Deus”, a comunicação da vida sem limites. Não nos podemos ater às “coisas dos homens” à exemplo de Pedro, à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida. Jesus está nos chamando e nos apresenta a proposta de seu seguimento. A vida de cada um, ao ser doada em comunhão com outras vidas, em ações concretas nos alcançará a salvação, isto é, se insere e permanece no seio de Deus, na eternidade. Senhor Jesus, revela-me sempre mais tua face de Messias Servo, para que eu não me engane no caminho do teu seguimento.
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/index.php?dia=13&mes=9&x=9&y=11
Devemos ser honestos consigo mesmo não ficar preso as coisas do mundo ler mais a biblia refletir as nossas atitudes conforme manda Jesus,mas nós temos muitas fraquezas como ser humano.
Não devemos perder a fé em Deus,mesmo correndo risco de vida devemos seguir Jesus para nossa salvação.