— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo:
28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi.
30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.
31Qual dos dois fez a vontade do Pai?”
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”.
Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.
– Palavra da Salvação.
– Glória a vós, Senhor.
A partir da leitura do Evangelho de hoje penso que algumas reflexões possam ser realizadas. Acredito que a primeira delas está, diretamente, relacionada com a obediência que devemos ter, relativo aos planos de Deus para nossa vida. Jesus vem nos ensinar que fazer a sua vontade implica, também, em obedecê-Lo. Neste sentido, talvez você esteja se perguntando: “Como obedecer a Deus se não sei o que Ele me pede”?
É então que chegamos a um ponto interessante de nossa reflexão, já que compreender o que Jesus nos pede implica, por sua vez, em gastar tempo ao seu lado, isto é, aceitar “perder” certo tempo de meu dia com o Senhor. Agindo assim conseguiremos não apenas compreender, como também realizar o que Ele deseja de nós.
E, saiba: É desejo de Deus se comunicar conosco, se revelar a nós. E Ele o faz, por meio de sua Palavra, da Eucaristia, da oração do terço, dos grupos de oração que participamos e de tantos outros meios que a Igreja nos apresenta.
Ainda nesta perspectiva, outro entendimento que podemos ter, imersos neste Evangelho é sobre o quanto Deus conhece o nosso coração. Mesmo que, em muitos momentos, de nossa vida, nossa boca diga uma coisa, Ele sabe e entende o que, verdadeiramente, está em nosso coração. Isto se dá, tanto naqueles momentos em que dizemos amar e acolher um determinado fato que nos aconteceu na vida e, em nosso íntimo, o rejeitamos, quanto naqueles dias em que dizemos não amar e não mais acolher algumas pessoas em nossa vida, mas, com o passar do tempo e pela graça de Deus nos abrimos novamente a elas, pelo perdão.
Uma terceira reflexão que, talvez, nos seja possível, no contexto do Evangelho de hoje relaciona-se com a exortação feita por Jesus àqueles que estavam com Ele naquele momento e que hoje faz, também, a nós.
Jesus vem nos exortar quanto a pensamentos, sentimentos e/ou posturas inadequadas que, em muitos momentos, podem estar fazendo parte de nossa vida, tais como o sentimento de superioridade em relação a outros, orgulho, intrigas e tantos outros nesta linha de raciocínio. Ele nos adverte a cuidar de nós para que, por julgarmos e condenarmos a muitos, nós os vejamos adentrando, antes de nós, nos portões do céu. Assim como Deus conhece o nosso coração, nos entende e perdoa, convida-nos também a fazer o mesmo com aqueles que nos rodeiam.
Que durante esta semana Deus nos dê a graça de uma proximidade maior com Ele. Assim, poderemos nos aproximar também de seus desígnios, acolhendo e realizando, de coração sincero, a sua vontade sem, contudo, nos julgarmos superiores a ninguém.