Um serviço oferecido pela Arquidiocese de Cascavel, região Oeste do Paraná, está despertando a atenção da Igreja Católica em todo o Brasil, em outros países e até no Vaticano. Trata-se da catequese on-line, lançada em abril deste ano e que no dia 3 de dezembro vai crismar a primeira turma.
“Recebi e-mails de religiosos do México, da Alemanha e, dia desses, concedi uma entrevista para a Rádio Vaticano. Todos querendo informações a respeito da catequese on-line”, conta o arcebispo de Cascavel, dom Mauro Aparecido dos Santos.
Juntamente com as irmãs Lourdes Zanini e Anelise Bettio, da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, responsáveis pela Pastoral Universitária, o arcebispo ouvia pedidos de jovens universitários da região que gostariam de concluir a formação católica, mas não encontravam tempo para isso. “Aí, brinquei: por que não oferecer a catequese pela internet?”
Com a ajuda de um técnico em informática, as irmãs ficaram encarregadas da parte operacional. “Fizemos um resumo da doutrina, montamos módulos e criamos um sistema de tutoria pela internet”, conta irmã Anelise. O trabalho resultou em 28 lições, divididas em cinco módulos, que abordam a profissão de fé, os sete sacramentos, os dez mandamentos, as orações cristãs e a história da igreja.
O aluno deve fazer a lição e enviar as respostas por e-mail. As irmãs corrigem e, se o resultado for positivo, a próxima lição é liberada. Ao final de cada módulo acontece um encontro presencial com as irmãs. “Mesmo utilizando a internet, não abrimos mão desse encontro, quando nos aproximamos dos fiéis”, diz irmã Anelise.
Hoje, 36 universitários estão cursando a catequese on-line. “Temos de ir ao encontro desses jovens, utilizando as novas tecnologias. Não podemos ficar parados, esperando por eles dentro da Igreja”, reconhece dom Mauro. Por enquanto, a catequese on-line é oferecida apenas a jovens universitários da região da Arquidiocese de Cascavel, que compreende 17 cidades.
Regulamentação
A doutrina da Igreja Católica prevê que a iniciação religiosa comece pelos primeiros sacramentos, que são o Batismo, a Eucaristia e a Crisma. “É quando as crianças aprendem os princípios da fé cristã”, explica irmã Lourdes. O tempo de estudo, da primeira comunhão até a Crisma, pode levar sete anos.
Após a crisma, os catequisandos podem ser considerados “católicos formados”. “Mas isso não significa que a missão na igreja terminou. Ela continua, através da participação nas missas e nos trabalhos pastorais”, lembra a irmã.
Para aqueles que não freqüentaram a catequese quando crianças, a igreja oferece a possibilidade de recuperação, através de cursos presenciais, a chamada catequese para adultos, que pode durar até dois anos.
Serviço: www.dommauro.com.br.
Resgate
Fugiu da missa
Ana Paula Godinho, 28 anos, encerrou há duas semanas o curso da catequese on-line e vai ser crismada no dia 3 de dezembro, junto com outros cinco alunos da primeira turma. Isso tudo está sendo muito importante para minha formação espiritual, minha fé”, conta.
A universitária revela que sempre foi católica, mas deixou de freqüentar a catequese logo no início, aos 7 ou 8 anos de idade. “A catequista disse que na sexta-feira 13 o ‘diabo’ iria aparecer. E que para não encontrar com ele, a gente tinha de crer em Deus”, lembra.
Assustada, Ana Paula nunca mais voltou para a catequese, apesar da insistência de seus pais. “Depois segui minha vida como católica, freqüentando as missas. Mas faltava alguma coisa.”
Para Mariana Melin, 25 anos, acadêmica de Fisioterapia, fazer a catequese foi também uma necessidade. Católica “não-participante”, ela é casada apenas no civil há sete anos com o vendedor Eder Melin, que é de uma família religiosa. “Faltava o casamento na igreja”, diz Mariana. Mas a correria do dia-a-dia não permitia que freqüentasse a catequese convencional. Com o curso on-line, o casal realizou o sonho no dia 15 de novembro.
Fonte: Gazeta do Povo – PR
Oi,
Como faço para entrar em contato com este grupo de irmãs que organiza a catequese on line?
A idéia é maravilhosa e prática.
Estou fazendo mestrado, e assim como os universitários, a vida está corrida.
Obrigada!