O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) deve promover, na próxima semana, um ato público no Congresso para pressionar os parlamentares pela aprovação do projeto 518/09, que institui a obrigação de ficha limpa para políticos.
“Nossas primeiras preocupações são com o estrito cumprimento dos prazos para apreciação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a manutenção da proposta tal como é, sem que haja mutilações ou tentativas de desidratação”, afirmou o coordenador do movimento e juiz eleitoral Marlon Reis. O compromisso com os deputados é que o projeto seja apreciado ainda este mês.
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou que a entidade também está se organizando para pressionar os deputados a aprovar o projeto da ficha limpa. A partir da próxima semana, segundo ele, todas as seccio nais da OAB pelo País e as representações regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vão promover discussões e convidar os deputados em suas bases para que digam se são favoráveis ou contrários à proposta.
“Em Brasília, os deputados estão distantes de suas bases.
Nos seus próprios estados queremos que eles se definam”, afirmou Cavalcante. A ideia é constranger os parlamentares para que assumam publicamente o apoio ou a rejeição à proposta.
A expectativa do movimento, que reúne 44 entidades da sociedade civil, é que o projeto ainda possa valer para as eleições deste ano. No momento, eles pretendem esperar a definição do relator da proposta na CCJ e, após isso, iniciar a pressão sobre os parlamentares. O projeto deve passar por votação nominal, o que, para o movimento, funcionará como um constrangimento adicional aos parlamentares.
FONTE: acessotia de imprensa da CNBB