Quando olhamos para a realidade da vida, compreendemos porque Deus quis, a partir de seu Filho, anunciar que Ele é amor incondicional e que sua misericórdia ultrapassa todas as nossas expectativas. Em todas as páginas da Bíblia esse amor fica claro, pois em Jesus ele se transforma em uma manifestação palpável, como diz São João na sua carta (cf. 1Jo 1, 1).
Mas em que consiste esse amor de Deus que vem ao nosso encontro? Um amor que não rejeita o sofrimento, mas que o assume como meio de testemunhar a ação de Deus no mundo. Esse amor não é algo abstrato do qual não sabemos de onde vem e até aonde vai. Ele foi vivido de maneira plena nas ações do Cristo. Jesus não se limita a falar-nos do amor de Deus. Ele próprio é o amor. Todos aqueles que se aproximam dele com o coração simples são transformados.
O amor a Deus deve nos levar a amar de maneira gratuita os irmãos. Essa é a resposta que Deus espera de nós e ela só pode ser possível se cada um fizer uma experiência verdadeira de encontro com o Mestre Jesus. Devemos nos amar assim como Deus nos amou (1Jo 4, 11). “Todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4, 7).
Será que cremos, de verdade, que Deus nos ama? Se crêssemos, pelo menos numa fé que se assemelhasse ao grão de mostarda, a vida, os acontecimentos e até o sofrimento pelo qual passamos ganhariam um novo significado. Vejo que isso é que deve nos colocar em contato com o mundo. Precisamos anunciar, por nossas atitudes, esse amor. O mundo necessita crer no amor de Deus.
Por isso, é preciso que eu e você nos tornemos anunciadores da sempre Boa Nova do amor de Deus em Jesus Cristo. Mas se nossas palavras não estiverem de acordo com nossas atitudes, todos os nossos esforços serão desperdiçados. Este é um dos verdadeiros sentidos da Páscoa, passar de uma vida sem sentido, para uma vida cheia de paz e de certeza de que Deus nos ama.