Nós vivemos em meio a vários sentimentos. Sentimos fome, frio, dor. Gostamos das pessoas ou de objetos. Sentimos medo, raiva, angústia e muitas outras coisas em nosso dia-a-dia. Tudo isso, no entanto, passa. Eu posso estar feliz e em dez minutos receber uma notícia ruim e ficar extremamente triste. Eu posso estar com uma dor horrorosa de cabeça, tomar um remédio e imediatamente sentir-me melhor. O que eu quero dizer com isso é que os sentimentos são passageiros.
Veja bem, se gostamos de uma pessoa, esse sentimento não será para sempre. Ou ele evolui para amor ou simplesmente deixamos de gostar da pessoa. Da mesma forma a raiva, é normal sentirmos raiva, uma vez que somos limitados e incapazes de vivermos no amor plenamente. O que não podemos deixar acontecer é o sentimento de raiva evoluir para o ressentimento. A raiva também passa. Quantas vezes brigamos com nossos irmãos e no dia seguinte estamos abraçados com eles.
O amor não se encaixa neste contexto de sentimento. Se o amor fosse um sentimento ele seria frágil. E o amor não é frágil. O amor é um ato, uma atitude em favor do outro. O que o amor é então?
O amor, segundo o dicionário Aurélio é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outra pessoa; então temos que corrigir o Aurélio; amor é um ato que leva alguém a fazer o bem a outra pessoa. É necessário fazer essa correção uma vez que, como foi visto anteriormente, amor não é um sentimento.
No capítulo 13 do livro de Coríntios, versículos 4 a 13 diz:
“O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado; limitada é também a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança. Agora vemos como em espelho e de maneira confusa; mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor”.
O amor é paciente: Quantas vezes somos pacientes em nosso dia-a-dia? O tempo passa e não conseguimos ser pacientes. Essa é a hora de revermos essa questão e pensar: “Se Deus está me falando que amar é ser paciente, porque então estou agindo assim com as pessoas que são próximas de mim?”. O amor é prestativo. Ser prestativo é amar! Quando alguém te pede um favor, e esse favor vai te tomar um tempo, o que fazemos? Muitas vezes negamos o favor, ou seja, não estamos amando! O amor é verdadeiro. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Lindo isso! Quando amamos alguém, somos misericordioso com essa pessoa. Ter misericórdia significa amar mesmo quando o outro não merece ser amado.
Amar consiste em entender o outro. Fazer de tudo para poder ajudar o meu próximo. Ao em vez de ficarmos brigando, reclamando com situações de nosso dia-a-dia, devemos amar, entender e ajudar. Quanod acontece um ato de violência, ou algo impensado, o que tem que ser feito? AMAR! Verificar no dia-a-dia o que está de errado. O que está acontecendo. Qual o verdadeiro motivo de tamanha violência. Qual a raiz desta situação de violência. Procurar resolver a situação com amor, fé, paciência e esperança.
No nosso dia-a-dia amamos de várias formas: Amor de mãe/pai; Amor de filho/filha; Amor de marido/esposa; Amor de irmãos; e Amor de Deus.
Todas essas formas de amor são verdadeiras e consiste em abrir mão do que gostamos em detrimento ao gosto do irmão. Deus nos ama completamente. 100% amor. Só por esse motivo já posso amar também, na verdade, se não fosse o amor incondicional e maravilhoso de Deus eu não seria capaz de amar. Deus me ama completamente. Ama o meu externo ama o meu interno. Deus ama os meus atos, minhas ações. Deus me ama quando erro e quando acerto. O amor de Deus é infinito. E sabendo disso consigo viver no amor e viver para amar.
Jesus só conseguiu amar como amou porque foi completamente amado pelo Pai. E isso que Deus está nos mostrando hoje. O seu amor é tão grande que, mesmo com nossas misérias e pecadas podemos amar o próximo da mesma forma que somos amados por Ele.
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Sérgio Antônio dos Santos
Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima
RCC Viçosa