Hoje gostaria de propor-lhes uma reflexão sobre o nosso serviço a Deus! Sobre o que fazemos, a maneira como o fazemos e, sobretudo, o motivo pelo qual o fazemos. Isso mesmo, você já parou para pensar porque faz o que faz e quais as suas motivações para isso? Você já se perguntou: Por que eu prego o Evangelho? Por que ministro a música? Por que realizo esta ou aquela atividade no serviço a Deus? Se ainda não o fez, que tal pensarmos, juntos, sobre isso?
Compreendo que para o bom exercício de toda e qualquer atividade, seja ela religiosa, profissional, acadêmica, afetiva, esportiva, dentre tantas outras, precisamos, constantemente, parar e pensar as nossas práticas e motivações. Desta forma, conseguiremos responder, principalmente a nós mesmos, às questões inicialmente postas (re) encontrando, assim, mesmo no cansaço e lutas do caminho, o verdadeiro sentido para nossas ações.
Todavia, embora possamos ampliar esta nossa reflexão para os diversos contextos de nossa vida os convido a olharmos, particularmente, para as nossas ações, enquanto Igreja, como filhos (as), servos (as) amados (as) de Deus.
Para nos auxiliar nesse caminho que tal voltarmos nossos olhos para a Palavra de Deus? É ali que encontramos um homem que, além de possuir alto poder aquisitivo era, também, muito respeitado socialmente, porém, apesar de todas as suas posses e status social passou pela experiência de alguém que reconhece: “Alguma coisa me falta! Eu anseio por algo mais”!
Então, eis que “O algo mais” lhe acontece… a sua vida é atravessada pelo Cristo, que ao passar por Jericó o vê e, em seguida, o chama. Em resposta a esse chamado, nos diz a Palavra (Lc 19, 1-10), que este homem, chamado Zaqueu, vem depressa do lugar em que estava e recebe Jesus com alegria. A partir daí a vida daquele homem ganha um novo e verdadeiro sentido e sabor… A vida, enfim, começa para Zaqueu!
Pois bem, algo inegável que podemos perceber é que o encontro com Jesus foi tão marcante e profundo na vida de Zaqueu que o levou, não só, a refletir e rever suas ações, como também, a fazer novas escolhas, baseadas naquele encontro. Ele havia, verdadeiramente, compreendido: “A Salvação havia entrado em sua casa”.
Com base nesse encontro penso que, também nós, podemos olhar para nossas ações (pregar, cantar, tocar, interceder etc.) e procurar encontrar dentro de nós o sentido para o que fazemos. O que nos tem movido em nosso servir? O que fazemos é, também, fruto de nossa experiência com o Senhor ou trata-se de um voluntarismo? Ressoa em nossos ouvidos a voz de Jesus a nos chamar? Mantemos viva dentro de nós a certeza de que somos amados e, por isso, chamados?
Penso ser importante ter a coragem de fazermo-nos tais perguntas, uma vez que, ao fazê-las abrimo-nos, assim como Zaqueu, para o encontro conosco mesmo, assim como, para o encontro pessoal com o Senhor. Ele, por sua vez, nos levará a pensar nossas ações, palavras, relações, escolhas, enfim a fazermos uma revisão de vida e, caso necessário, nos ajudará a descobrir ou mesmo reencontrar o sentido para nosso servir. Portanto, não tenhamos medo de nos questionar!
Seguimos…
Claudete de Freitas
Coordenadora da RCC Viçosa