Por Maria Beatriz S. Vargas
Secretária geral do Conselho Nacional da RCC-Brasil
A primeira edição da Revista Renovação, neste ano de 2009, apresentava na capa a imagem de Cristo Pantocrátor e o editorial explicava que essa imagem foi escolhida porque quer dizer que Cristo é aquele ‘que tudo contém’, o ‘dominador universal’, o ‘conservador de todos os seres’, o ‘onipotente’, um ícone que revela o que cremos. E porque cremos que Ele é o Senhor, neste ano estamos vivendo o Senhorio de Jesus como inspiração.
O tema do Congresso Nacional define o foco de nossa caminhada para o ano. O tema desse ano, portanto, foi retirado de Filipenses 2, 5ss. Refletindo sobre essa palavra e o tema do Senhorio, fomos levados a olhar para dentro de nós mesmos e perguntar: Jesus é verdadeiramente o meu Senhor? O meu joelho se dobra diante de seu Nome Santo, Todo-Poderoso? Joelho dobrado como símbolo de uma vida que se deixa conduzir por Jesus Cristo, que avalia sua vida e tem coragem de fazer mudanças radicais, se as práticas cotidianas não assumem a dimensão da vida de Jesus. Proclamar que Jesus é o Senhor implica dizer que é Ele quem vai reinar sobre toda a nossa vida: decisões, ações, palavras, sentimentos, tudo! Ainda com essa palavra, a exemplo de Jesus Senhor, somos convidados a assumir nossa cruz em obediência e humildade, confiando sempre no amor do Pai, acreditando que Jesus estabeleceu o domínio, do alto da cruz donde nasceu a Igreja. Na cruz, Jesus se torna modelo para todos os que sofrem.
Outra passagem que nos tem conduzido está em Apocalipse 3, versículos 7 ao 11. Essa passagem nos diz que o Senhor conhece nossa fraqueza, mas porque não renegamos Seu nome, isto é, porque O reconhecemos como Senhor, Ele coloca diante de nós uma porta aberta que ninguém pode fechar. Recebemos confirmação dessa palavra em Isaías 45, versículos 1 ao 3, palavra essa que afirma que o Senhor irá adiante de nós para abrir-nos as portas a fim de que nenhuma fique fechada, que Ele arrebentará os batentes de bronze e arrancará os ferrolhos de ferro. Explico como recebemos esta palavra, que é norteadora de todo o “Projeto Eu Amo a RCC”. O Escritório Nacional estava passando por dificuldades. Então, como sempre fazemos, fomos orar apresentando nossas dificuldades ao Senhor. A resposta foi essa palavra. Ao orar com a palavra, o Senhor foi revelando como as portas seriam abertas e de que modo poderíamos receber as riquezas escondidas.
Deus nos deu instruções claras: se nós nos colocássemos novamente no foco, Ele abriria as portas das bênçãos. O foco é a retidão e a santidade nas intenções e nas ações. Se tivermos retidão de coração, então Jesus estará sendo o Senhor. Em tudo que fizermos devemos fazer com santidade, sem murmurar, sem reclamar, então o objeto do nosso trabalho vai ser tocado, vai ser abençoado. O resultado da nossa ação santa será as pessoas sendo tocadas. O salmo 146, no versículo 7, diz: “Cantai ao Senhor um cântico de gratidão”. Santo Agostinho dizia: ”Faz do meu coração um templo de júbilo”. Oramos com este salmo na última reunião do Conselho Nacional. Fomos lembrados de que a gratidão deve encher o nosso coração, porque um dia a bondade do Senhor tocou na nossa vida. Esse foi o dia em que participamos pela primeira vez de um Grupo de Oração, ou o dia em que recebemos o batismo no Espírito Santo. Voltar à murmuração é um erro que nos impede de chegar à terra prometida. Todas as coisas, todos os nossos projetos, inclusive a construção da Sede Nacional da Renovação e os nossos projetos e sonhos pessoais só se tornarão realidade se permanecermos no foco. Ficou claro para nós que as construções, os frutos da formação, a realização dos planos, tudo será consequência da nossa ação santa. Todo projeto, tudo o que quisermos construir terá que gerar restauração espiritual, de retomada. O foco está na retidão e na santidade, as frentes de trabalho estão na oração e na formação.
Essa moção continua na próxima semana…